Somos bombardeados de informações o tempo todo. Os celulares que não saem
de nossas mãos, o WhatsApp a todo
instante com alguma nova mensagem, as notificações do Instagram, os likes nos Tweets e os retweets, tudo isso e a todo instante, passou a fazer parte de
nossos dias, perpassando os nossos costumes e hábitos diários. A tecnologia e a
Internet, para além de uma ferramenta aliada da vivência humana, passou a ser
algo intrínseco a nós e que até mesmo as novas gerações nascem compreendendo,
desde pequenos, o funcionamento de tais aparelhos, principalmente os celulares
e o que eles têm de oferecer: o entretenimento na palma da mão.
O encurtamento do presente e o futuro aberto fazem com que nos prendamos
muito nessas tecnologias, uma vez que elas mesmas oferecem mecanismos para
assegurar algo que perpassa a vivência humana, a memória. Andreas Huyssen,
discorre que a necessidade de uma memória coletiva se deu a partir do final do
século XX, onde, com a virada do século e com o boato de que o mundo acabaria
ou todas as máquinas estragariam, gerou-se uma obsessão em torno da memória e
dos discursos memorialísticos, a necessidade da preservação de um passado certo
era fundamental diante de um futuro incerto e repleto de vazios.
O que nos cabe, enquanto historiadores e usuários assíduos dessas
tecnologias é refletir quais são os limites dessa dependência em nossa vida,
como se dá, diante desse cenário de retrocessos a propagação de informações e o
desencadeamento da angústia proporcionada pela sensação de que tudo só piora e
que estamos mãos atadas diante de tantas atrocidades.
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