A historiadora Ewa Domanska traz em sua obra “Para
além do antropocentrismo” uma reflexão sobre mudanças observáveis no ser humano
contemporâneo e a relação do mesmo com a natureza da qual ele faz parte. Um dos
pontos que ela cita é o antropocentrismo que representa a espécie humana como
centro do mundo, agindo contra a natureza de acordo com suas necessidades, ou
seja o homem se coloca como tempo superior às demais espécies, sem se preocupar
com termos ambientais e questões globais.
Nesse contexto, o livro Viagem ao centro da Terra, o
autor Júlio Verne buscou em seu, em meados do século XIX, uma obra de ficção a
qual descreve várias revoluções que viriam a se tornar reais alguns anos mais
tarde. O autor utiliza estratégias para o leitor entrar no mundo da ficção, escrevendo
termos mineralógicos, geológicos e paleontológicos, fazendo com que a ficção se
aproxime do cotidiano. No livro essa “viagem” para o centro da terra é feita
por dois personagens que relata suas aventuras no decorrer dessa jornada.
Portanto,
a relação do livro “Viagem ao centro da terra”, com o termo antropocentrismo em
que Ewa aborda no seu texto, percebemos uma relação do homem com a natureza de
forma violenta, o que resulta em crises ecológicas, aquecimento global, entre
outras questões. A mineração, as crateras, feitas pelo homem são cada vez
maiores, em busca de diamantes, petróleo, afim de satisfazer suas necessidades
que envolve todo um sistema capitalista ao qual é inserido. Um exemplo disso é
a Mina Diavik, utilizada para a extração de diamantes no Canadá, a qual em 2003
começou a ser aberta e hoje ocupa mais da metade de uma ilha que tem
aproximadamente 12 Km².
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