quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Homem x Natureza


A historiadora Ewa Domanska traz em sua obra “Para além do antropocentrismo” uma reflexão sobre mudanças observáveis no ser humano contemporâneo e a relação do mesmo com a natureza da qual ele faz parte. Um dos pontos que ela cita é o antropocentrismo que representa a espécie humana como centro do mundo, agindo contra a natureza de acordo com suas necessidades, ou seja o homem se coloca como tempo superior às demais espécies, sem se preocupar com termos ambientais e questões globais.
Nesse contexto, o livro Viagem ao centro da Terra, o autor Júlio Verne buscou em seu, em meados do século XIX, uma obra de ficção a qual descreve várias revoluções que viriam a se tornar reais alguns anos mais tarde. O autor utiliza estratégias para o leitor entrar no mundo da ficção, escrevendo termos mineralógicos, geológicos e paleontológicos, fazendo com que a ficção se aproxime do cotidiano. No livro essa “viagem” para o centro da terra é feita por dois personagens que relata suas aventuras no decorrer dessa jornada.  
Portanto, a relação do livro “Viagem ao centro da terra”, com o termo antropocentrismo em que Ewa aborda no seu texto, percebemos uma relação do homem com a natureza de forma violenta, o que resulta em crises ecológicas, aquecimento global, entre outras questões. A mineração, as crateras, feitas pelo homem são cada vez maiores, em busca de diamantes, petróleo, afim de satisfazer suas necessidades que envolve todo um sistema capitalista ao qual é inserido. Um exemplo disso é a Mina Diavik, utilizada para a extração de diamantes no Canadá, a qual em 2003 começou a ser aberta e hoje ocupa mais da metade de uma ilha que tem aproximadamente 12 Km².


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