quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Pipoca I – Entrevista – Ewa Domanska: 

Se levarmos em conta o atual cenário da perda de legitimidade da História perante o público “comum’, hoje no Brasil, pensar em uma História mais sólida em termos de contato com o passado face a um revisionismo crítico que, em tese, deveria contribuir não com a relativização de períodos como a Ditadura Militar, mas da expansão do enfrentamento e combate aos seus saudosistas, é uma proposta válida. Porém, também sabemos que o mesmo contato com um passado sólido, em certa medida já dado pode, tal como o revisionismo, municiar movimentos do mesmo cunho Fascista hoje em ascensão. Nesse sentido, o caminho poderia ser uma mediação entre a revisão corrente que gera uma certa instabilidade e uma presença também crítica, mas partindo de pressupostos mais firmes; e na própria entrevista esse tipo de mediação é explicitado pela autora quando ela cita que já sabendo dos erros da História Estruturalista, cujas consequências dos regimes totalitaristas do início do século XX geraram como produto a própria Teoria Crítica agora posta em discussão. Seria, assim, o uso da crítica aplicada a essas formas mais presenciais da História justamente pra sanar as lacunas da Teoria Crítica usando a própria História da História em uma volta às formas mais sólidas do conhecimento; um não exclui o outro. 

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